O festejado recapeamento que virou operação tapa-buracos
Entre o final do governo Newton Lima e a posse do atual prefeito Jabes Ribeiro, as duas lideranças do governador Jaques Wagner em Ilhéus disputavam pau-a-pau quem seria o "pai da criança", com o anúncio, originado de ambas as partes, de que a cidade ganharia, logo no início de 2013, um grande recapeamento asfáltico em suas principais ruas e avenidas do centro e nos bairros mais populosos.
Pois bem: agora, o secretário municipal de Serviços Públicos, Isaac Albagli, alheio às promessa de outubro do ano passado, acaba de anunciar que Ilhéus vai ter a parceria da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), numa operação tapa-buracos que será iniciada na cidade. Mas peraí: tapa-buracos?
Era esse então o motivo da peleja entre Newton Lima e Jabes Ribeiro? Não era uma obra mais significativa? Um recapeamento de verdade?
Tapar buracos, convenhamos, não é recapear. Tapar buracos é maquiar. Recapear é fazer de verdade!
Pois bem: agora, mais do que nunca, como diz um certo apresentador de televisão, mais do que saber quem "gerou" a criança natimorta, é saber o porquê de o governo do estado transformar um recapeamento bem feito em um tapa-buracos que na maioria das vezes o cidadão pouco percebe nas ruas.
Ilhéus não merece isso.
Ilhéus, certamente, não quer mais viver de promessas não cumpridas, nem de mentiras estrategicamente bem elaboradas. Muito menos de enganação barata.
Por isso a gente pergunta: neste caso da troca do recapeamento em tapa-buracos, quem deve desculpas e explicações ao povo? Newton, Jabes ou Wagner?
Ou os três?